20 outubro 2010

4- ionline 12.05.10


TEDx: "As boas ideias são as que se têm de manhã"
No próximo dia 15 de Maio, João Cunha é um dos speakers da TEDx Lisboa

Quem o diz é João Cunha, um dos speakers deste pequeno milagre que foi o TEDx Lisboa - UM DIA DE IDEIAS COM MENTES ABERTAS... a varidadíssimas coisas: à mudança, à descoberta, à acção, à sabedoria... todas elas importantes nos dias que correm.

Sei que o  evento TED nasceu nos EUA, sei que quer dizer Tecnologia, Entretenimento e Design, mas que também quer dizer muito mais: sob a missão de espalhar ideias que valham a pena, junta gente de vários os quadrantes, de todas as àreas, conhecidos e desconhecidos, mas todos atentos ao mundo, quer na audiência quer no palco.

O x pequenino deste TED Lisboa tem a ver com o facto de ele ser independente - uma especie de filho do TED-Pai, que quer singrar sozinho - à custa de organizadores independentes, de apoios locais, de voluntários, de boa vontade e da participação sem lucro de todos quantos queiram assistir e partilhar - bebe do espírito de família de que o importante é partilhar ideias relevantes.

Eu acho que o fenómeno em si vai bem mais longe!
Mostra-nos o caminho - ou neste caso, como apanágio da mentalidade TED , os caminhos - do futuro!
Eu assisti à conferência online - ao vivo e a cores. De forma gratuita.A partilhar opiniões just in time com outros cibernautas espalhados pelo país e pelo mundo que não podiam lá estar. E ainda a falar com a Mariana, jornalista do I, trocando opiniões, informações e reclamações  - sim, às vezes o som ficava muito baixo, às vezes a imagem caía, outras vezes ficava parada - não importa. O que importa é tudo o que se fez acontecer no sábado e tudo que se fez foi bom.

Estiveram no palco mais de 20 pessoas que, supostamente, teriam algo de interessante para nos dizer ( e como isso é raro!).  Uns apelaram ao riso e às emoções, outros tocaram-nos com a sua arte, outros verteram a sua ciência para o nosso dia a dia, outros despertaram consciências adormecidas. Alguns fizeram isto tudo ao mesmo tempo, em 18 minutos, mais coisa menos coisa.

Tudo gente muito válida, tudo gente que pode fazer o nosso país e até o nosso mundo avançar, caminhar num sentido melhor. Tudo gente que nunca tem  tempo de antena na prisão global em que meia duzia de anónimos tornaram as sociedades e a informação  do século XXI. Provavelmente não interessa que tenha. Ok - quem paga é quem manda.

O  pequeno milagre deu-se nas instalações cedidas por uma universidade, onde estuda engenharia um aluno da Ericeira que pelas leis da sociedade do século XXI nunca deveria lá estudar, mandado por um senhor que pelas leis dos tais que pagam   nunca deveria ser político, que foi convidado pela tal independência de  quem se empenhou em que este evento acontecesse. Talvez inspirado por conhecer outras formas de encarar o pensamento, talvez envolvido por quem conhece outras formas de encarar o mundo - e não é muito disso que todos estamos a precisar?

Por isso se percebe a vontade quase geral demonstrada por quem assistia online de que o que ali aconteceu pudesse ser partilhado - porque era importante que muitos, mas mesmo muitos, portugueses pudessem ver, ouvir, para podermos enfim lutar contra a mediocridade e, parece-me, fazer-se  cumprir todo o potencial que este projecto encerra. Porque o fenómeno vai ser dificil de parar.Vai ser impossível não envolver cada vez mais cidadãos atentos ao mundo e dispostos a mudar.

Há muita gente a querer ter voz, que tem, com toda a certeza, uma ideia que valha a pena espalhar, uma história pessoal espantosa, uma performance tecnológica de deixar o queixo de banda, um "como" único, qualquer coisa que pense poder fascinar, excitar, educar, inspirar ou deliciar-nos a todos. E, por estranho que pareça neste nosso mundinho da cunha, do sobrenome, do status, do vil metal e do snobismo, é só mesmo isto que é preciso( e preencher um formulário, ok) para fazer-se ouvir. Para assistir  e reproduzir nas nossas vidas é  só mesmo preciso vontade.

Alguém escreveu que uma experiência TED é como " um spa para a mente" - e é verdade.
É um espaço de liberdade, de criatividade, de não censura (MESMO!), de inspiração, de onde se sai ( mesmo quem como eu nem entrou!) com um espiritio renovado e a alma cheia.
E claro, com  a cabeça a fervilhar de boas ideias... mesmo já não sendo de manhã :)

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