01 dezembro 2010

Matilde


No dia em que eu nasci era domingo. A minha mãe já tinha nascido à precisamente trinta e dois anos. E o meu pai também.
No dia em que eu nasci o meu mano Gonçalo segurou a mão da minha mãe e deu lhe um beijinho antes de ela ir para o hospital como que a desejar boa sorte.

No dia em que eu nasci, contra  as previsões de um inverno chuvoso, o sol brilhou o dia todo - desde a hora em que eu saí do quentinho da barriga que me albergava à ,precisamente, nove meses.

No dia em que eu nasci muitos sorrisos brilharam quando leram a  sms com a boa nova, e alguns olhos ficaram húmidos de emoção - os meus quatro avós, os meus tios e tias ( tenho dois verdadeiros e cinco postiças!), a Leonor,o Samuel, a Inês e a Olivia (que são as minhas primas e primo),  o meu bisavô e muitos outros amigos e primos e tios sentiram aquelas borboletas no estômago que apertam um bocadinho a garganta e nos fazem sentir que tudo está bem quando o milagre acontece - o sentido da vida, como diria o meu pai que, no dia em que eu nasci, vinte e oito de novembro de dois mil e dez, olhou para a minha mãe e, por outras palavras, disse-lhe: amo-te.

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